segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
domingo, 7 de fevereiro de 2010
História de Espelhos, lipograma
Um felino feminino com nome de flor, no espelho, vê os seus predecessores: um ser com super poderes que perdeu o seu instrumento de feitiço, um forte intruso com pulso de ferro e um descendente de rei, mulher, triste com o seu destino. O ser felino, no seu trono morrinhento, sente-se um estorvo: ninguém o entende e por isso só quer comer pombo com gosto de sol. Felizmente, depois de muitos feitos, o felino ser percebe que todos nós temos estorvos, o que é preciso é viver contente.
Turma Rede 7.º F e 7.º E
Ana Teresa, Diogo, Joana (7.ºE)
Diogo, Rúben, Rui, Tatiana (7.ºF)
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Ainda a Princesa Aurora de Uma História de Espelhos, de Ana Luísa Amaral
Pai, eu tenho que te dizer uma coisa, que me vai custar a dizer, mas tem mesmo de ser: eu não vou cumprir as tuas ordens, porque hoje, com a gata Papoila aprendi uma lição, aprendi a importância da liberdade e da independência. Eu vou casar com quem goste de mim e de quem eu goste e vou ter o meu próprio emprego, por muito que isso te custe. Este é o meu grande sonho.
Bruna, n.º4; Bruna, nº5, Maria n.º 12, 7.ºC
Pai, peço muita desculpa, mas vou fazer o que queres, quero ter a minha liberdade!!! Não vou casar com quem queres, sou eu que escolho de quem gosto (se nós pudéssemos escolher de quem gostamos...): é o meu coração que manda. Quero casar com a pessoa que amo. Chega de seres tu a escolher por mim, a mandares em mim. Eu tenho direito a escolher!
Patrícia e Ana Raquel, 7.ºC
Um possível diálogo entre a Princesa Aurora e o Rei, seu pai...
AURORA: Pai, sei que segundo a tradição todas as princesas casam com os príncipes e vivem felizes para sempre, mas eu não estou de acordo com isso: eu sou livre e posso decidir com eu quero viver a minha vida.
PAI: Mas isso é uma tragédia ,a nossa tradição prolonga há anos, há séculos, há milénios! E tu agora chegas aqui e queres mudar isto tudo de um momento para o outro ?
AURORA: Pai ,sabes que eu sempre adorei computadores e que o meu sonho e ser técnica de informática compreende o que sinto. Quero ter uma profissão.
PAI : Filha,mas tu não podes chegar aqui e mudar a tradição, isso seria uma vergonha para a nossa família, e eu não te perdoaria nunca.
TATIANA OLIVEIRA Nº19 7ºD
AURORA: Pai, sei que segundo a tradição todas as princesas casam com os príncipes e vivem felizes para sempre, mas eu não estou de acordo com isso: eu sou livre e posso decidir com eu quero viver a minha vida.
PAI: Mas isso é uma tragédia ,a nossa tradição prolonga há anos, há séculos, há milénios! E tu agora chegas aqui e queres mudar isto tudo de um momento para o outro ?
AURORA: Pai ,sabes que eu sempre adorei computadores e que o meu sonho e ser técnica de informática compreende o que sinto. Quero ter uma profissão.
PAI : Filha,mas tu não podes chegar aqui e mudar a tradição, isso seria uma vergonha para a nossa família, e eu não te perdoaria nunca.
TATIANA OLIVEIRA Nº19 7ºD
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terça-feira, 12 de janeiro de 2010
A propósito de Uma história de Espelhos, de Ana Luísa Amaral
A resposta da princesa da Aurora....
Pai, compreendo que segundo a real tradição, os pais é que escolhem os noivos para suas filhas, não é habitual as princesas terem emprego. Mas isto tem de mudar: todos temos o direito ao livre arbítrio. Eu quero escolher o meu próprio caminho!
Não quero ser mais uma ”dondoca”. Eu sou a Aurora, uma princesa do séc. XXI.”
Denise e Inês Isabel , 7.ºD
Pai, já estou farta de seres tu que escolhes tudo na minha vida: os meus amigos, o meu namorado, o meu noivo. Quantos anos pensas que eu tenho? Sete anos? Eu já tenho 18 anos e não sou propriamente uma criança, todas as minhas amigas podem escolher os namorados delas e eu, quando estou com elas, até me sinto mal. Tratas-me assim por ser um princesa?
Eu é que sei com quem eu vou namorar ou casar, e não estou muito incomodada com a tua opinião…
Iara Garcia e Inês Oliveira, 7.ºD
Pai, peço imensa desculpa, mas não vou cumprir a tua vontade.
Quero ter o meu próprio emprego e quero-me casar com a pessoa que amo, e não com a pessoa que tu queres. Espero que compreendas. Estamos no séc.XXI, e eu quero construir o meu próprio futuro e quero que te orgulhes de mim, Aurora, a princesa emancipada!
Renata Talento, 7.ºC
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A propósito de As mãos naufragadas, de Beatriz Hierro Lopes
As mãos naufragadas, de Beatriz Hierro Lopes
Armanda, a viúva, queria arranjar dinheiro para concretizar o sonho das suas filhas…
Armanda pensou, pensou, mas não conseguia arranjar solução, a única solução que ela via era matar o seu marido para ficar com uma boa herança, que este havia escondido da sua esposa, porque a Armanda era muito vaidosa e andava sempre a gastar nas feiras e nos saldos, por isso mesmo o seu marido que escondeu-lhe essa herança.
Até que houve um dia que a Armanda o envenenou. Nesse mesmo dia, o senhor começou a sentir-se muito mal e a mulher, fazendo-se de vitimam chorava. O médico veio dar a notícia de que o marido de Armanda tinha falecido, mas que estava ir a aia fazer a autópsia para saber qual a verdadeira da causa da morte.
Entretanto, chegou a família do marido da Armanda para dar os sentimentos à mesma, pensando eles que ela era inocente.
A Armanda muito preocupada que descobrissem que foi ela que o matou, disse aos familiares que tinha que ir embora porque as suas filhas estavam em casa sozinhas à sua espera. De seguida, o médico ligou para a Armanda a dizer que ela tinha que ir lá urgentemente. Armanda ao chegar ao hospital viu tantos polícias e então desviou caminho e fugiu. O médico na janela do hospital viu-a a fugir e foi atrás dela. Quando a conseguiu apanhar ligou para a polícia.
Armanda então foi presa e as suas filhas ficaram com a sua tia Madalena que lhes realizou os seus sonhos, que tanto ansiavam… A mais velha dizia que queria uma viola azul, mas ela e a irmã tinham um segredo… A viola azul era apenas um código… Viola azul era morte à mãe! E de facto a mãe não morreu, mas foi presa e condenada a prisão perpétua… E no fundo era a mesma coisa! Foi triste que o seu pai tivesse falecido… Essa dor jamais iriam conseguir apagar dos seus corações!
Soraia Lopes, João Braga, Bruno Silva e Soraia Vieira.
Passados alguns dias, já a Polícia tinha descoberto como o homem tinha morrido. A conclusão a que a polícia chegou era simples: a mulher do falecido tinha um amante, que era carteiro e era também o vizinho da frente. O amante tinha uma encomenda para a sua amada; o carteiro tinha imensos ciúmes e estava furioso de ver a sua amada, com o marido. Foi então que resolveu, na altura da entrega da encomenda, quando o marido vinha assinar o aviso de recepção, que o carteiro tirou uma navalha do bolso e tentou dar-lhe um golpe no pescoço. O senhor como estava em pânico, foi até à janela, pedir ajuda e o amante, empurrou-o da janela e este caiu… O amante/carteiro, como ficou assustado, chamou uma ambulância, isto para fazer-se de despercebido… O marido não aguentou e morreu.
Esta foi a conclusão a que a polícia chegou… Tudo graças a uma vizinha prestável, que havia observado tudo da sua janela!
Bárbara Sequeira, nº 3, Hugo Carvalhais, nº 8, Hugo Santos, nº 7, Isabel David, nº 10
Um dia, o homem da vendedora descobriu que esta o traía com o lixeiro. Alguns dias mais tarde, a mulher descobriu que o homem sabia que ela o andava a trair. Por isso, a mulher e o amante, o lixeiro, queriam fazer desaparecer o marido. Quando anoiteceu… A mulher, servia o jantar, e sem o marido reparar colocou-lhe veneno na comida. O marido, após a refeição, começou a sentir-se um pouco maldisposto. Depois de tanto vomitar, acabou por falecer.
Quando a mulher deu conta que o seu marido estava já morto, arrastou-o até à cozinha e cortou-o às postas e meteu-o dentro de uma saca plástica. Então, depois de arrumar a cozinha, foi levar o lixo ao contentor e levou a dita saca, juntamente com outras.
Quando os lixeiros vieram recolher o lixo, o José, seu amante, fez imensa questão de recolher o lixo daquela casa, a casa da sua amante. Ao pegar nas sacas do lixo reparou que uma delas estava bastante pesada… Questionou a mulher sobre o facto, e esta respondeu-lhe baixinho: É o corpo do meu marido… Já o despachei…
O lixeiro entrou em pânico, mas acabou por deixar passar…
Alguns meses depois, descobriu-se que a mulher matou mesmo o seu marido e esta foi condenada à morte. As suas duas filhas ficaram com toda a herança.
A propósito, o homem enterrado no quintal era o pai da mulher… Esta também o matou quando era mais nova…
Cecília nº6, Artur, nº11, Joaquim, nº 14
Ana Ribeiro, nº1, Carlos Santos, nº5, Renata Castelo, nº17, João Barbosa, nº13, Mónica Coelho, nº 15
Depois de viverem assim muito tempo, lá houve dinheiro para comprar a viola para a sua filha. A viola foi adquirida na loja “Fá, dó, sol, ré, lá, mi, si” (Frade ao sol reza a missinha), que todos sabiam ser uma fachada para negócios obscuros. Na boca da viola estava escondida droga… Para a esconder, a filha, pô-la no seu quarto , pois ninguém lá entraria… Como a casa estava à venda, houve um belo dia em que um potencial comprador veio ver como era a casa., mas as filhas da mulher não sabiam desta visita. O potencial comprador, ao ver o quarto da filha mais velha, reparou na viola e consequentemente na droga que estava lá escondida. De imediato declararam à polícia tudo o que tinham descoberto. A polícia de imediato efectuou uma busca à casa e encontraram de facto a droga. A filha mais velha foi presa e passados dois dias foi interrogada. Perguntaram-lhe como tinha arranjado dinheiro para o produto. Esta admitiu que tinha roubado o seu pai e este quando descobriu ela matou-o e enterrou-o no quintal.
Sofia Salgado, nº18, Bárbara Monteiro, nº 2
No dia 1 de Janeiro de 1997, morreu o meu adorado marido, numa festa de trabalho. Eu não sei como isto tudo se sucedeu, contudo tive a grande ajuda da Polícia Judiciária.
A polícia disse-me apenas que o meu marido foi assassinado com uma bebida e veneno de rato. Sofro, todos os dias, pensando que quem o matou anda por aí à solta.
Entretanto, chegou a Polícia a minha casa e contou-me o seguinte:
- Como sabe, o seu marido foi morto com veneno de rato, misturado na bebida; morreu ao pé da casa de banho e o assassino transportou-o para aquela divisão. De seguida, quando a festa terminou, levou-o para casa no carro do próprio morto. Seguidamente, enterrou o morto ao pé do limoeiro do quintal, não deixando quase suspeitas algumas.
No entanto, a polícia fez o seu trabalho e descobriu que quem o matou foi o seu colega de trabalho, que tinhas muitos ciúmes por o seu marido ser melhor que ele.
Ora bem, eu fiquei chocada!!!
A polícia agradeceu-me, porque eu e a minha família contamos-lhes que o nosso cão andava sempre ao pé do limoeiro a farejar… Assim descobrimos que o meu marido estava lá enterrado. Por fim a Polícia foi-se embora e nós ficamos a chorar a morte do meu marido!
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As mãos naufragadas | Beatriz Hierro Lopes
As mãos naufragadas | Beatriz Hierro Lopes
Vendia luvas na rua. Cachecóis, quando havia tempo para os tricotar. Vendia calor para um Natal que se imaginava quente. Catarina, à espera do autocarro, ouvia-a: dizia, que gostava de esperar, que a espera a resguardava da chuva, protegendo as luvas e os cachecóis por vender. Tinha um nome e um sorriso, a mulher que todos os dias esperava. Fazia-o de pé. Vestida de negro, a pele e os olhos claros fundiam-se na sombra. Sem se saber onde ela terminava e a sua viuvez começava.
Vendo chegar o autocarro, levava aos bolsos as mãos naufragadas, em busca de consolo. Vazios, faziam-na sentir o corpo pesado. A alma pesada, dizia, ao abrir as palavras para que delas saísse luz. A filha mais velha (que não tricotava) faria anos daí a dois dias. Queria uma viola. Uma viola azul para cantar à noite. Mas naquele Inverno ninguém parara na rua para comprar calor à viúva.
Sentada no autocarro, num banco frio, contava histórias – de meninices antigas – embalando com o olhar uma tristeza doce. A casa onde vivia seria vendida: haveria sempre violas para dar às filhas. O marido, que morrera de imprevisto, nunca era tocado. Também ele tivera nome mas, pela boca da viúva, era tão-somente conhecido como o morto. O seu morto. Aquele que enterrara no quintal da sua casa, junto ao limoeiro.
Custava-lhe vender a casa: dizia-o, com pesar. Até os mortos se vendem.
Vendo chegar o autocarro, levava aos bolsos as mãos naufragadas, em busca de consolo. Vazios, faziam-na sentir o corpo pesado. A alma pesada, dizia, ao abrir as palavras para que delas saísse luz. A filha mais velha (que não tricotava) faria anos daí a dois dias. Queria uma viola. Uma viola azul para cantar à noite. Mas naquele Inverno ninguém parara na rua para comprar calor à viúva.
Sentada no autocarro, num banco frio, contava histórias – de meninices antigas – embalando com o olhar uma tristeza doce. A casa onde vivia seria vendida: haveria sempre violas para dar às filhas. O marido, que morrera de imprevisto, nunca era tocado. Também ele tivera nome mas, pela boca da viúva, era tão-somente conhecido como o morto. O seu morto. Aquele que enterrara no quintal da sua casa, junto ao limoeiro.
Custava-lhe vender a casa: dizia-o, com pesar. Até os mortos se vendem.
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